segunda-feira, 29 de maio de 2017

RESENHA: Uma Semana de Inverno | por Carol Sant

Oi gente, tudo belezinha com vocês?
Hoje quero falar um pouquinho com vocês sobre um livro que traz aquele tipo de aconchego de casa de vó, sabem?  Então, estou falando do livro "Uma Semana de Inverno" da autora "Maeve Binchy", lançado este ano pelo Grupo Editorial Record. Sem mais enrolações, vamos começar a resenha!
Aqui nós vamos conhecer vários personagens em uma narrativa em terceira pessoa, cada capítulo é contada a história pessoal de cada personagem que aparece no livro, mas, o grande diferencial do livro é: de uma forma ou outra, todos os personagens acabam indo passar férias no mesmo lugar, a Casa do Penhasco, no interior da Irlanda. Tudo começa quando Chicky volta de Nova York para sua cidade natal após ser abandonada pelo namorado, porém, sua família não sabe desse pequeno detalhe, então, ela conta uma mentira para todos sobre o que aconteceu com seu "namorado". Ela acaba comprando a casa das famosas irmãs que moram na cidade, onde apenas uma é viva ainda, então Chicky decide abrir um hotel para os visitantes e turistas da cidade, o que acaba dando super certo!
Ao longo da história, conhecemos muitos personagens que compõem o livro. Rigger é um moço que cresceu sem pai e com uma mãe muito trabalhadeira que sempre deu do bom e do melhor para o filho, porém, mesmo assim Rigger acabou se metendo com pessoas da pesada e fazendo muitas coisas errada e acabou sendo mandado para a pensão de Chicky, com o propósito de ajudá-la e a se interessar por trabalhos honestos.
Orla é sobrinha de Chicky e se mudou para Londres onde trabalha em uma empresa e divide apartamento com uma amiga, até que algumas coisas mudaram e Orla também volta para sua cidade natal a fim de trabalhar com a tia em seu novo negócio.
Winnie é uma enfermeira solteirona que é apresentada a um também solteirão e ambos se apaixonam, porém, ela e a sogra não se dão nada bem. Até que por ironia do destino ambas vão juntas para a casa do penhasco, onde vão aprender algo valioso juntas!
John é um famoso ator de cinema que já está idoso e por isso tem perdido muitos papeis, porém, ele se recusa a começar a fazer novelas. Em uma manhã ele perde um voo para uma reunião de negócios e decide sumir e tirar uns dias de férias,é então que ele vai para o hotel de Chicky e aprende muitas coisas importantes.
Nicola e Henrysão dois médicos que se apaixonaram ainda na faculdade, eles se casam e querem muito ter um filho, mas, Nicola não está conseguindo engravidar. Depois de um evento traumático no hospital onde trabalhavam, eles vão trabalhar em um cruzeiro, entretanto, algo horrível acontece com pessoas que o casal estava envolvido, então, eles decidem passar férias na casa do penhasco, onde aprendem que sempre existirá um novo recomeço!
Andress é um jovem que é pressionado para administrar a empresa do pai, porém, ele odeia o que faz mas pressionado ele acaba assumindo, mas quando ele vai para a casa do penhasco, ele finalmente percebe que jamais devemos abandonar quem amamos e sempre devemos correr atrás de seus verdadeiros sonhos.

Entre muitos outros personagens que aprenderam algo ao ir para a casa do penhasco, na Irlanda. Eu gostei da narrativa e das histórias de muitos dos personagens que nos serão apresentados. Fiquei muito emocionada com o casal de médicos - Nicola e Henry - por outro lado, não simpatizei nenhum pouco com outra personagem que pareceu não aprender nada com tudo o que aconteceu e viveu. De 5 estrelas, eu dei 3 estrelas para o livro lá no Skoob, por motivos de "curti, mas poderia ser desenvolvido de uma forma melhor pela autora". Enfim, é um livro que recomendo, sim!
Beijos da Cah 
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sábado, 27 de maio de 2017

AUTORAL: Moço da Barba Desajeitada | por Carol Sant

Sabrina sabia que dali em diante seria difícil e diferente, não conhecia a cidade e não sabia como era viver em uma cidade grande como São Paulo. Mas sem escolhas ela teve que vir, seus pais não estavam mais neste mundo e ela só tinha uma única tia, chama Cármen e a garota tinha certeza de que encontrar a tal tia que nunca teve contato seria quase como uma missão impossível, mas era a única parente viva que Sabrina tinha e ela queria correr o risco, mas, claro que torcia pelo melhor da situação quando encontrasse a tia!
Graças a Deus, ela tinha como se manter em uma cidade com um custo tão alto, pelo menos, para ela que era do interior. Sabrina sabia que o dinheiro que tinha não iria durar para sempre, precisava de um emprego e não estava na posição de escolher demais e estava decidido, o primeiro que aparecesse ela aceitaria sem pestanejar. 
Em seu segundo dia na cidade, Sabrina levantou as 07:00 horas da manhã e foi em busca de um emprego. Ao parar em uma padaria para um café, a garota se lembrou de uma frase que sua mãe costumava dizer: "Deus ajuda quem cedo madruga!", e ela jamais se esqueceu da frase. 
Andando pelo centro da grande cidade a garota viu uma enorme placa que dizia "CONTRATA-SE GARÇONETE, COM URGÊNCIA". Garçonete? Ela nunca pensou que um dia iria trabalhar como garçonete, logo ela que sempre teve tudo que queria? Bem, quem sabe. Claro que não chamariam ela para aquela vaga, então não custava nada deixar um simples currículo, né?! 
 Bom dia, estão contratando?  Perguntou tímida. 
 Sim, você se interessa?  Perguntou Edson, o dono do lugar. 
 É, ahan, sim. Eu poderia deixar meu currículo? Sou nova na cidade!  Disse Sabrina sem jeito por não saber parecer sem interesse na vaga, pois ela precisava muito do dinheiro. 
Edson pegou o currículo da mão da garota é automaticamente, disse: 
 Você começa amanhã, seja bem vinda!  Falou com um sorriso nos lábios.
Sem reação nenhuma, Sabrina sorriu sem jeito e perguntou:
 Que horas eu entro?  sorrindo timidamente. 
 Exatamente as 08:00 horas e sai as 16:00 da tarde, até amanhã, hm, Sabrina...  Disse e deu um sorriso encantador para a garota tímida que via em sua frente. 
 Até amanhã, ahn... Edson!  Disse, olhando o crachá no avental do moço sorridente. 
Bem, as vezes a vida não é muito gentil conosco e não foi nada gentil com Sabrina, seu irmão morreu de câncer aos 11 anos e agora a vida tinha decidido levar seus pais em um acidente de carro, o carro que ela tinha dado a eles quando completaram 25 anos de casados. Ela perdeu sua família e ainda não tinha se recuperado, suspeitava que estava entrando em um estado grande de melancólica. Não comia simplesmente pelo fato de não ter fome, ela tinha coisas mais importantes para se focar, como por exemplo, sua própria dor e seu mais recente trabalho. 
Estava se saindo bem no trabalho, não sabia se ela se sairia bem como garçonete, claro que na maioria das vezes a garota pensava em desistir, mas, ela não poderia se dar a esse luxo. Tinha contas a pagar! 
Sentia que estava enlouquecendo, ainda não tinha encontrado sua tia Cármen e isso só colaborava cada vez mais para se afundar em sua melancolia, o que ela poderia fazer? 
Depois de um mês da morte de seus pais, ela sentia que jamais se recuperaria da perda, sem contar a falta que sentia de John, seu irmão querido que se fora tão jovem. 
Mais um dia que se seguia, mais um dia de trabalho, de ordem e estresse, mais um dia para seguir em frente, o que a garota não sabia era que a vida seria um pouco gentil com ela hoje. 
 Com licença, vocês vendem bolo de banana? Estou louco de vontade por um, já procurei em vários bares, restaurantes e confeitarias, mas como pode ver, nada até agora!  Disse Cadu, quase sem fôlego. 
 Ei calma, respira para falar!  Disse a garota, tentando não rir do jeito tão desengonçado do moço que estava a sua frente - A gente vende sim bolo ou torta de banana, quem inteiro ou fatia? - Disse como de costume, era o que ela fazia todos os dias. 
 Ah, não sei, bom, acho que vou levar um inteiro, mas quero uma fatia para comer agora. Eu adoro bolo ou torta de banana!  Disse ele, sorrindo para a garota tímida de bochechas rosadas, que vestia um avental sujo. 
 Ok, eu levo na mesa. Tudo bem? 
 Tudo bem, garota das bochechas rosadas.  Disse Cadu, ele e sua mania de apelidar as pessoas, deveria parar com isso, pois a garota ficou com as bochechas mais rosadas do que o normal por conta do apelido que acabava de receber. 
Ok, aquilo tinha sido vem esquisito para Sabrina, receber um apelido fofo de um estranho? Isso não acontecia com ela. Pensou brevemente enquanto cortava a fatia do bolo, que gostaria de conhecer melhor aquele moço de barba desajeitada.

terça-feira, 23 de maio de 2017

RESENHA: Nossas Horas Felizes (Gong Ji-Young) | por Bea Oliveira.

Em ambos os casos um ser humano está decidindo que outro ser humano merece morrer. É um ser humano sendo morto por outro ser humano. Mas, de acordo com você, um caso é assassinato, e o outro é execução. Uma pessoa é rotulada como assassina e morre por seu crime, enquanto a outra ganha uma promoção. Isso é justiça?   
A primeira coisa que consigo dizer sobre o livro é que ele com toda certeza é impactante! É narrado em primeira pessoa por Yujeong, uma jovem de trinta anos encantadora, bonita, inteligente e que tentou se matar três vezes. Para sair do hospital e não precisar de acompanhamento psiquiátrico, ela aceita acompanhar sua tia freira por um mês em visitas voluntárias a uma prisão para encontrar com presos no corredor da morte. E é por causa desse acordo que as vidas de Yujeong e Yunsu vão se encontrar. 
Yunsu é apenas mais um preso agressivo, condenado a morte por cometer um crime hediondo. E logo a primeira vista, percebemos que ele parece não estar arrependido de seus crimes,  e que ainda consegue sustentar um sorriso debochado e um olhar ameaçador. E a única certeza sobre ele é sua morte!
"Mas, depois de conhece-lo, tive certeza de duas coisas: eu nunca mais poderia me matar de novo, e que isso era tanto o último presente quanto a sentença final que ele havia me dado."
Através de Yujeong podemos sentir a raiva e revolta - que pessoas como nós que olham a situação de fora tem -, contra um condenado à pena de morte, depois fui levada a desvendar através de diálogos dela com sua tia e depois com o próprio Yunsu que nem tudo é preto no branco. 

 Foi uma leitura extremamente agoniante  e que me fez refletir capítulo por capítulo.  A autora não tentou  em momento nenhum justificar as atitudes de Yunsu por sua condição financeira ou classe social, mas usa ele como alerta para o fato de milhares de crianças e adolescentes não terem oportunidades ou chances de ter uma vida digna, sendo muito mais fácil sucumbir as más influências, e muitas vezes são simplesmente descartadas, como um brinquedo com defeito.
O tempo todo durante a leitura eu senti uma inquietação, um nó na garganta e uma enorme vontade de chorar, até porque não é uma leitura fácil, são 279 páginas de sofrimento, tristeza e revolta. Yujeong é uma protagonista que cresce ao longo da história. Já Yunsu, apesar de ser um criminoso, dava impressão se ser uma criança que se perdeu no mundo, e confesso que me senti na corda bamba com ele, hora o amando, hora odiando, mas no fim não pude deixar de perdoa-lo, e sinto que uma parte de mim morreu com ele a cada lagrima que derramei.
Nossas Horas Felizes  foi um livro marcante, que eu levarei para sempre em mim, ele mudou minhas crenças e opiniões sobre o mundo, sobre o que é justiça, recomendo muito a leitura. 
- Bea Oliveira.

terça-feira, 16 de maio de 2017

RESENHA +18: Sorte ou azar? (Filipe Salomão) | por Bea Oliveira.

+ 18

"Como a vida é irônica, não? Em dois minutos, ele gozou dentro de mim. Acho que o trabalho estava quase chegando ao fim, quando mudei os planos, e com aquele medo da dor da primeira vez, não notei a falta da camisinha.Mas, por outro lado, eu, eu aqui me apresento pela primeira vez na história mencionando minha outra visão de toda aquela situação. Lá estavam papai e mamãe, e eu. [...] Um dos milhões de espermatozoides, o mais esperto, o escolhido naquele sêmen todo. E pensar que mamãe quase me engoliu.É nisso que vejo a definição de sorte e azar.Sorte é nascer.Azar? Além da família pobre que nasci, vou citar só mais três coisas.Primeiro, meu pai virou um alcoólatra...."

Pedro não tem uma boa família. Seu pai não é um bom homem, despreza a mãe do garoto e ensina o filho a despreza-la também, até porque foi ela quem transou na primeira tentativa dele e engravidou. Pedro só faz escolhas erradas e se mete em um problema maior que o outro, mesmo quando ele acha que tudo vai melhorar, até porque ele se apaixonou e está pronto para construir família, ele vê tudo desmoronar diante dos seus olhos graças as companhias que atraiu para vida.

"Sorte, sorte é ter um exemplo dentro de casa.
Azar, azar é seguir o exemplo errado."

Seu melhor amigo é um idiota, sua melhor amiga é uma puta - literalmente - e seu pai com a ajuda dela se matou. Pedro não sabe o que quer da vida, e a maior parte do tempo está concentrado em conseguir mais maconha e mulheres.  O livro Sorte ou azar? explora o pior cenário possível de uma gravidez indesejada, e Pedro mesmo que aparente não ser uma boa pessoa, acaba se mostrando apenas uma consequência do meio. 


 Torci por Pedro, e me vi tendo de concluir o óbvio: a vida não perdoa e sempre dá o troco.
O conteúdo descrito é deveras pesado, e não apenas por ser um conteúdo adulto, mas sim pelo fato de ser uma história seca. Não há esperança em parte alguma. Sorte ou Azar? é um tapa na cara. É um livro que mostra o pior da vida. E com o melhor desfecho possível, a melhor coisa que poderia acontecer a seu personagem principal. Um final tão perfeito que vai deixar você se perguntando: Sorte ou azar?

quarta-feira, 10 de maio de 2017

RESENHA: Status - Em Muitos Relacionamentos Complicados | por Carol Sant

Boa tarde, tudo belezinha com vocês? Espero que sim!
Hoje venho conversar um pouquinho com vocês sobre o livro que recebi em parceria com a Editora Rocco, chamado "Status: Em Muitos Relacionamentos Complicados", do autor Metteson Perry. Vamos começar, então? Então, vamos!
O livro é basicamente uma auto-biografia amorosa da vida do autor. A história começa a se desenrolar quando sua última namora decide terminar o relacionamento dos dois, Matteson sempre esteve em relacionamentos sérios e sempre foi o típico cara nerd e legal. Mas, quando leva um pé na bunda, ele se vê em um estado físico e psicológico deprimente, Matteson nunca conseguiu se aproximar muito das garotas por conta de sua timidez.
Então, para mudar sua situação ele decide criar um plano e segui-lo a risca durante o período de um ano, o plano era basicamente esse:
  1. FICAR SOLTEIRO POR UM ANO.
  2. CONHECER VÁRIAS MULHERES.
  3. NINGUÉM SAIR FERIDO.

Então, ele tem a brilhante ideia de acessar sites de relacionamentos e marcar encontros casuais, a fim de apenas se divertir com algumas mulheres, mas sem ter nada sério.
O QUE EU ACHEI: Sinceramente, o livro realmente não me cativou nem um pouco, apesar de ser um livro de entretenimento e acredito que foi escrito com a intenção de ser engraçado, já que o autor conta suas próprias experiências amorosas, seus encontros casuais, até finalmente se casar e sossegar. Senti que mais ou menos da página 100 para frente, o autor estava apenas enchendo o leitor de linguiça e apenas enrolando nos capítulos dando detalhes de coisas desnecessários e escrevendo sobre outros tantos que não importavam ao leitor.
Outro detalhe que fez ainda mais que eu não curtisse fazer a leitura do livro foi o fato do autor incluir em praticamentos TODOS os capítulo, o quanto ele queria "transar" com todas as mulheres que se encontrava e falar repetidamente o quanto ele é foda em "pegar" algumas mulheres no primeiro encontro e o quanto ele "transando" no último ano. Isso realmente me deixou bem irritada, mas, não pelo fato dele falar sobre sexo e sim por conta do autor ter deixado o livro tão repetitivo em relação a isso.
Mais uma questão a se discutir sobre a obra é: Qual foi o propósito que o autor quis nos trazer ao escrever esse livro?. Realmente queria muito ter gostado da leitura, mas, infelizmente isso não aconteceu. De qualquer modo é uma leitura válida se você se interessou pelo livro, afinal, não é porque o livro não funcionou para mim que não pode funcionar para você! O livro "infelizmente" levou a classificação de 2 estrelas no Skoob e foi uma decepção literária deste ano, para mim.
Beijos da Cah 
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